Resenha | Azar o seu!, de Carol Sabar

Oies Bookaholics!

Essa foi a última leitura finalizada no mês de Janeiro, e fazia parte da minha tbr da #JornadaMLV, mas infelizmente não rolou durante a maratona, mas peguei logo em seguida e amei! ❤ ❤ <e Este livro cumpriu o item nº 1 do Desafio Fuxicando Sobre Chick-Lits 2018, que era ler um chick-lit nacional 😉

 

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Editora Pandorga – 2013 – Chick-Lit – 368 Páginas – 5 Estrelas

Sinopse: Bia está parada num engarrafamento no Rio de Janeiro, pensando em sua vida azarada. Sem emprego, atolada em dívidas, ela não imagina que está prestes a viver a grande coincidência da sua vida. O motorista do carro ao lado está buzinando, tentando se comunicar com ela, como se fosse um velho conhecido… E ele é! Mas Bia não o reconhece. E como poderia? Ele é um homem, não mais o garoto de dez anos atrás. Está mais encorpado, cortou o cabelo, livrou-se do aparelho nos dentes e das espinhas do rosto, está tão diferente, tão lindo… 
O motorista sai do carro, mas não tem tempo de se explicar, pois começa um violento tiroteio e eles têm que se jogar lado a lado no asfalto. Certa de que está prestes a morrer, Bia entra em desespero e se prepara para dizer suas últimas palavras, na esperança de que o suposto desconhecido deitado ao seu lado possa levar um recado a Guga, seu amor da adolescência, sem perceber que é ele próprio que está ali, ouvindo a inesperada declaração de amor! 
Os dois escapam juntos do tiroteio e, a partir daí, começam a se envolver, dia após dia… Guga, sem coragem de assumir sua verdadeira identidade. Bia, fascinada por ele e feliz consigo mesma por finalmente estar se apaixonando por alguém que não é Guga… 

 

Eu sinceramente não sei porque demorei tanto tempo para ler este livro, afinal ele estava parado na minha estante há quase 2 anos, mas a leitura veio no momento certo, já que estou lendo livros com temáticas bem pesadas, como depressão e suicídio, e precisava relaxar um pouco.

Fiquei muito surpreendida com a escrita tão envolvente da autora Carol Sabar, não devendo nada às autoras estrangeiras que escrevem no gênero Chick-Lit. A trama aborda a vida de Bia, uma mulher de 25 anos que depois de ser demitida vê que sua vida está dominada por todo o azar que uma pessoa poderia ter, e gostei por não forçar a barra com cenas mirabolantes.

Narrado em 1ª pessoa, conhecemos Bia que está completamente perdida após perder o emprego de forma injusta, vésperas de ser promovida. Ela precisa sair do Rio de Janeiro e voltar para Juiz de Fora, sua cidade natal no estado de Minas Gerais, sem dinheiro, com dívidas até o pescoço,  e com os móveis de seu apartamento que sempre sonhou e batalhou para conquistar.  Muito decepcionada e com crises de ansiedade, já que desistiu da música para cursar administração, uma carreira que lhe proporcionaria mais segurança e estabilidade financeira, ajuda na floricultura do pai, um negócio que também não anda lá muito bem.

Ana Beatriz (Bia, para os amigos) é uma garota de 25 anos, estatura mediana, pele clara, cabelos castanhos com reflexos dourados e olhos muito azuis. Graduada em administração de empresas pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Pós-graduada em logística empresarial e em métodos estatísticos e computacionais. Fluente em inglês e com mais de vinte minicursos no currículo. Isso sem mencionar o intercâmbio nos Estados Unidos, naquele programa chamado Work Experience (jovens que desejam estudar inglês no exterior, mas não têm condições financeiras para tal e, por isso, sujeitam-se a congelar seus traseiros nas estações de esqui, ou a lavar pratos, copos e afins em troca de verdinhas, com as quais estudam, comem, se divertem, compram roupas de marca, cosméticos em geral e eletrônicos de última geração). Bia, além disso, era a especialista ferroviária recém-enxotada da FB Logística (as Ferrovias Brasil), uma empresa com sede no Rio de Janeiro, seu antigo domicílio. A garota que, sem emprego e sem grana, estava de volta à sua cidade natal, Juiz de Fora, Minas Gerais. E que andava fazendo bico na floricultura do pai enquanto não recebia um telefonema de seu headhunter com uma maravilhosa proposta de emprego. (Pág. 9)

A autora representou muito bem por meio da Bia a pressão que sofremos de possuir uma vida profissional, numa obrigação de sermos independentes e bem-sucedidos em um mercado que exige tanto. Ainda mais para as mulheres que são desafiadas o todo tempo pelo tratamento machista, e muitas vezes abusivo, que são sujeitas a passar, inclusive em entrevistas de emprego.

Mas Bia também podia ser descrita como a zumbi que, desde os 15 anos de idade, não tinha feito muita coisa na vida senão estudar, trabalhar e choramingar. (Pág. 10)

De maneira muito envolvente, acompanhamos também a vida amorosa e sexual da protagonista que se encontra tão bem quanto a vida profissional, ou seja, trágica. Bia ainda é apaixonada por Guga, o irmão de sua melhor amiga da infância Raíssa, que foi embora para Londres 10 anos atrás para cursar música, sem entrar em contato com a moça. E as coisas começam a mudar durante um tiroteio na Linha Vermelha no Rio de Janeiro, em que os dois se reencontram, mas Bia não o reconhece e no momento de pânico, achando que poderia morrer declara seu amor por Guga, para aquele cara até então desconhecido. As situações e os contextos são diferentes, mas impossível não lembrar de O segredo de Emma Corrigan, da Sophie Kinsella.

Guga, é um personagem muito cativante e engraçado, fazendo de tudo para reconquistar Bia, mesmo com várias mancadas. É impossível não torcer pelo casal, mesmo nos momentos mais críticos, sendo aquele tipo de romance que dá um quentinho no coração. ❤ Eles precisam aprender com suas escolhas, mágoas, seus sentimentos e erros, não só nessa relação, mas também em relação aos relacionamento familiares tratados pela autora. Carol Sabar conseguiu construir personagens tão cativantes, longe de serem perfeitos, mas que aprendem com as situações que lhes são impostas.

Outro ponto que merece destaque são as referências à cultura dos anos 1990 e 2000, muita nostalgia ao relembrar de músicas, filmes, comidas, brincadeiras e das revistas adolescentes Capricho, quem aí também lia e colecionava? Confesso que precisei ir economizando o livro para que a história não acabasse tão rápido, queria prolongar meu “contato” com os personagens, as tramas e os ambientes que envolvem a história de Azar o seu! E por falar em ambientes, do Rio de Janeiro, Juiz de Fora e Londres, eu fiquei apaixonada pelo Parque Estadual Conceição de Ibitipoca em Minas Gerais ❤ ❤

A única observação que preciso fazer é que no começo da narrativa a personagem principal se refere a ela mesma em 3ª pessoa, já viram uma entrevista do Pelé?, bem irritante e desnecessário pra mim, rs Mas é uma história que eu amei e super recomendo! Quero muito ler outros livros da autora 🙂

 

Até o próximo post!

Camila Melo

 

 

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10 Comentários

  1. […] E para finalizar o mês com uma leitura bem mais leve que me fez dar algumas risadas. Confiram: Resenha | Azar o seu!, por Carol Sabar. […]

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  2. Eu já havia lido um livro da Carol Sabar, e me apaixonei pela escrita dela, é muito divertida! Fiquei ainda mais interessada nesse livro! Sua resenha, como sempre, está maravilhosa 😍
    Beijinhos 😘

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    1. Oies! Que livro dela vc leu? Eu amei a escrita dela ❤ Lembra bem o estilo da Raiza Varella, mas sem todo aquele excesso de drama, que eu detesto 😛 Obrigada pelo carinho, como sempre! Bjos ❤

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      1. Eu li: Como (quase) namorei Robert Pattinson, e cara, é muito engraçado, eu ri demais! Sim, eu estava na vibe Crepúsculo rs, mas mesmo quem não gosta do ator, vai achar legal.

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        1. Ahh, na época eu vi que tinha esse livro, mas não fui atrás, quem sabe agora vai kkkk

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          1. Tá bem, se você ler me avisa para conversarmos 😉

            Curtido por 1 pessoa

  3. […] Ler um chick-lit nacional – Azar o seu!, por Carol Sabar […]

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  4. […] Janeiro 1. Baía da Esperança (Jojo Moyes) 2. Turma da Mônica Jovem: Uma viagem inesperada 3. Dreamland (Sarah Dessen) 4. Depois do azul (Élaine Turgeon) 5. A redoma de vidro (Sylvia Plath) 6. Memento: O mistério da lembrança adormecida (Diego A. Carvalho) 7. Azar o seu (Carol Sabar) […]

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