Oies Bookaholics!
Um caminho para a liberdade foi a leitura coletiva do mês de setembro do Clube do Curinga.

5 ★ ❤
The giver of stars – Tradução: Ana Rodrigues, Catharina Pinheiro, Julia Sobral Campos e Maria Carmelita Dias – Intrínseca – 2019 – 368 Págs.
Cinco mulheres vão enfrentar uma cidade inteira por amor aos livros. E juntas vão descobrir o poder do conhecimento, da liberdade e da amizade. Em uma época em que não seguir os costumes e a religião era transgressão gravíssima, o caminho de um grupo de mulheres se cruza de maneira inesperada. A década de 1930 está chegando ao fim, e, em uma pequena cidade do interior dos Estados Unidos, a ideia de que as moças administrem uma biblioteca itinerante desafia o status quo. Com o compromisso de levar livros para os moradores mais pobres da região, Margery, Alice, Beth, Sophia e Izzy aceitam trabalhar na biblioteca. E à medida que enfrentam inúmeras dificuldades, como aprender a cavalgar, percorrer rotas de difícil acesso e suportar o preconceito dos mais conservadores, elas fortalecem o laço que as une e descobrem mais sobre si mesmas. Em pouco tempo, toda a cidade se volta contra o grupo, colocando em risco a sobrevivência do projeto. E as mulheres vão se perguntar mais uma vez se o poder das palavras será suficiente para salvá-las. Inspirado em uma história real, Um Caminho Para a Liberdade fala de lealdade, independência e justiça. Com uma trama envolvente e emocionante, Jojo Moyes faz o leitor refletir sobre as redes de apoio e amizade entre mulheres e como é preciso ir além dos nossos — supostos — limites. Afinal, conquistar a liberdade nunca é fácil.
Esse foi um dos livros que me despertou muito interesse no ano passado, por isso fiquei muito feliz ao finalizar a leitura e ver que as minhas expectativas foram não só atendidas, como superadas.
Muito da minha experiência foi por conta da temática sobre a relevância dos livros. O poder de transformação que os livros possuem é algo que me fascina, ainda mais no contexto em que a autora retrata ao colocar as mulheres, figuras essas tão subestimadas, como catalisadoras da transformação de uma comunidade.
Baseando-se em acontecimentos reais, Jojo Moyes foi certeira ao retratar personagens tão fortes e únicas num tempo em que o papel que lhes cabia era o de donas de casa e mães. Cada uma das bibliotecárias representa diferentes aspectos ainda polêmicos: sexualidade, racismo, deficiência física, violência doméstica e maternidade; problemáticas estas que infelizmente não se restringem apenas à década de 1930 nos Estados Unidos e a forte presença conservadora da igreja.
Confesso que após ler alguns títulos da autora (e muitos outros livros de romance) eu estava entediada de me deparar com situações que não me despertavam empatia e/ou que não me fizessem refletir de alguma forma sobre a questões sociais. Apesar de entender que a literatura também serve para o entretenimento, hoje eu sinto cada vez mais a necessidade de ver que as artes, de modo geral, assumirem um posicionamento crítico sobre a sociedade, e principalmente, sobre os poderes hegemônicos que as regem há tanto tempo.
Jojo Moyes acerta não só apontando a negligência e limitações impostas às mulheres, mas também o acesso aos livros e as diversas manipulações que visam o interesse de mercados capitalistas em detrimento do bem-estar humano e preservação da natureza.
Com uma narrativa envolvente e viciante, Um caminho para a liberdade se tornou uma das minhas leituras favoritas de 2020, deixando um sopro de esperança em tempos tão sombrios.
Até o próximo post.
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Eu nem sou grande fã da Jojo, mas me deu vontade de ler esse livro!!!
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Ah que maravilha! Eu já li alguns, mas esse é de longe o melhor mesmo. Pode dar uma chance que acho que vc não vai se arrepender 😉
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[…] 2. Um caminho para a liberdade, de Jojo Moyes […]
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