Leituras de Maio/2020 | Testando o Kindle Unlimited, leituras coletivas, filmes, séries e 8 livros lidos

Oies Bookaholics!

Leituras de Maio 20

Apesar dos pesares a vida precisa continuar! Os livros têm sido uma ótima companhia e distração de assuntos tão tristes em tempos de pandemia, desgoverno e ações racistas. Não por acaso fiquei tão entretida que no último mês li mais que o habitual, mas antes de falar propriamente sobre as leituras, vou resumir os posts que rolaram aqui no blog durante Maio:

 

O que me motivou a ler mais nesse mês foi devido às leituras coletivas que participei e foram duas: A mulher na cabine 10 e O olho mais azul, o primeiro foi pelo Pamdle, o clube de leitura mediado pela Pam Gonçalves com os títulos disponíveis no Kindle Unlimited; já o segundo foi leitura do Clube do Curinga, que fiz questão de participar com a Isa (Percursos Literários) e outros perfis literários no Instagram.

Eu aproveitei uma promoção de teste de 60 dias do Kindle Unlimited e tenho aproveitado para conhecer o catálogo e avaliar se vale a pena mesmo, depois dou meu veredito, rs 😉 Algumas das leituras que eu fiz eu já tinha iniciado no mês de abril, então apenas dei sequência. Dos 8 livros lidos, apenas 2 foram escritos por homens, 2 livros de não-ficção, 2 nacionais e 1 de autoria negra.

 

PEDAGOGIA_DA_AUTONOMIA_14688972059037SK1468897205BPedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa, de Paulo Freire –  5★ ❤

Em ‘Pedagogia da Autonomia’ de 1996, Paulo Freire nos apresenta uma reflexão sobre a relação entre educadores e educandos, elaborando propostas de práticas pedagógicas, orientadas por uma ética universal, que desenvolvem a autonomia, a capacidade crítica e a valorização da cultura e conhecimentos empíricos de uns e outros. Criando os fundamentos para a implementação e consolidação desse diálogo político-pedagógico e sintetizando questões fundamentais para a formação dos educadores e para uma prática educativo-progressiva, Paulo Freire estabelece neste livro novas relações e condições para a tarefa da educação.

 

A_MENINA_QUE_CONTAVA_HISTORIAS_1432146880451662SK1432146880B A menina que contava histórias, de Jodi Picoult – 4 ★

Neste romance, Jodi Picoult examina com elegância até onde estamos dispostos a ir para proteger nossa família e impedir o passado de governar o futuro. Sage Singer trabalha a noite toda, preparando pães e doces para o dia seguinte e tentando escapar de uma realidade de solidão, lembranças ruins e da sombra da morte de sua mãe. Quando Josef Weber, um idoso que participa do grupo de luto de Sage, passa a frequentar a padaria, eles começam uma amizade improvável. Apesar de suas diferenças, ambos enxergam um no outro as cicatrizes ocultas que as demais pessoas não veem. Tudo muda no dia em que Josef confessa um segredo vergonhoso e há muito enterrado — ele foi membro da SS na Alemanha nazista — e pede a Sage um favor impensável: que ela o ajude a morrer. O que ele não sabe é que a avó de Sage é uma sobrevivente do Holocausto… ou será que sabe? Se Sage concordar em fazer o que Josef pediu, enfrentará não apenas repercussões morais, mas talvez também legais. Com a integridade de seu amigo mais próximo manchada, ela começa a questionar suas suposições e expectativas sobre a vida e a própria família.

Esse foi o primeiro livro que li do catálogo do Kindle Unlimited, peguei indicação da Pam Gonçalves. Eu comecei a leitura sem ler a sinopse, estava super entretida com a protagonista fazendo pão (muito eu nessa quarentena) até que a narrativa muda completamente. O livro traz as memórias dos campos de concentração nazista durante a Segunda Guerra Mundial e é muito triste e pesado. Adorei a escrita da autora Jodi Picoult, que eu não conhecia ainda, mas preciso de um tempo para me recuperar.

 

A_VIUVA_SILENCIOSA_1540062557817894SK1540062557B A viúva silenciosa, de Sidney Sheldon e Tilly Bagshawe – 3 ★

A saga de uma mulher marcada em busca da própria sobrevivência é trama do novo romance de Sidney Sheldon e Tilly Bagshawe. Charlotte Clancy, uma jovem au pair americana, desaparece sem deixar vestígios na Cidade do México. O caso acaba sendo arquivado, mas suas consequências são devastadoras. Uma década depois, um assassino perigoso está à solta nas ruas de Los Angeles. E já fez duas vítimas. Mas o único elo em comum entre elas é a psicóloga Nikki Roberts. Nikki ainda está muito abalada com a recente morte do marido. E sua vida sofre outra reviravolta quando uma de suas pacientes, Lisa Flannagan, e o rapaz que Nikki considerava como filho, Treyvon Raymond, são brutalmente assassinados. Mas, apenas quando sofre um atentado é que a psicóloga tem certeza de que ela é o verdadeiro alvo desse assassino impiedoso. Atormentada por um acontecimento do passado e vendo a polícia em um beco sem saída, Nikki contrata o detetive particular Derek Williams, um homem que não tem medo de sujar as mãos. Ele trabalhara no caso de Charlotte Clancy, mas agora, anos depois, encontra nas anotações de Nikki Roberts um nome que chama sua atenção, e essa nova investigação o conduz a um caminho perigoso de volta ao passado. Numa cidade corrupta, onde não se sabe quem é inimigo e quem é amigo, Nikki Roberts precisa correr contra o tempo para descobrir a verdade por trás desses crimes antes que ela seja a próxima vítima.

Esse foi o meu primeiro contato com os autores e também a minha primeira experiência com o audiolivros, já que este estava gratuito. Acho que por não estar acostumada a minha experiência pode ter comprometido a minha relação com a história. O suspense às vezes me fisgava outras vezes não, mas no geral achei a trama boa, mas sem nada de muito espetacular. O bom de ouvir audiolivro é que consegui conciliar com outras tarefas, como cozinhar e limpar a casa. Achei a narradora bem tranquila e segui numa velocidade um pouco mais rápida do que o normal no aplicativo Ubook.

 

A_MULHER_NA_CABINE_10_1508270972722469SK1508270972B A mulher na cabine 10, de Ruth Ware – 4 ★

Aclamado pela crítica e há mais de 30 semanas na lista dos mais vendidos do The New York Times, A mulher na cabine 10 estabelece de vez Ruth Ware como um dos grandes nomes do suspense contemporâneo, na melhor tradição de Agatha Christie. No livro, uma jornalista de turismo tenta se recuperar de um trauma quando é convidada para cobrir a viagem inaugural de um luxuoso navio. Mas, o que parecia a oportunidade perfeita para se esquecer dos recentes acontecimentos acaba se tornando um pesadelo quando, numa noite durante o cruzeiro, ela vê um corpo sendo jogado ao mar da cabine vizinha à sua. E o pior: os registros do navio mostram que ninguém se hospedara ao seu lado e que a lista de passageiros está completa. Abalada emocionalmente e desacreditada por todos, Lo Blacklock precisa encarar a possibilidade de que talvez tenha cometido um terrível engano. Ou encontrar qualquer prova de que foi testemunha de um crime e de que há um assassino entre as cabines e salões luxuosos e os passageiros indiferentes do Aurora Boreal.

Outro suspense lido em maio e como disse anteriormente foi a minha leitura coletiva do Pamdle. Eu já tinha visto o Paulo Ratz (Livraria em Casa) recomendar esse livro e quando vi a possibilidade de ler gratuitamente aproveitei. Comecei a leitura depois do calendário e não conseguia mais parar. Vi que no debate muita gente não gostou, mas eu adorei a trama, fiquei fissurada até saber qual era o mistério, o que para mim não tava nada óbvio.

 

HOLOCAUSTO_BRASILEIRO_1384543957B (1) Holocausto brasileiro, de Daniela Arbex – 4 ★

Neste livro-reportagem fundamental, a premiada jornalista Daniela Arbex resgata do esquecimento um dos capítulos mais macabros da nossa história: a barbárie e a desumanidade praticadas, durante a maior parte do século XX, no maior hospício do Brasil, conhecido por Colônia, situado na cidade mineira de Barbacena. Ao fazê-lo, a autora traz à luz um genocídio cometido, sistematicamente, pelo Estado brasileiro, com a conivência de médicos, funcionários e também da população, pois nenhuma violação dos direitos humanos mais básicos se sustenta por tanto tempo sem a omissão da sociedade. Pelo menos 60 mil pessoas morreram entre os muros da Colônia. Em sua maioria, haviam sido internadas à força. Cerca de 70% não tinham diagnóstico de doença mental. Eram epiléticos, alcoólatras, homossexuais, prostitutas, gente que se rebelava ou que se tornara incômoda para alguém com mais poder. Eram meninas grávidas violentadas por seus patrões, esposas confinadas para que o marido pudesse morar com a amante, filhas de fazendeiros que perderam a virgindade antes do casamento, homens e mulheres que haviam extraviado seus documentos. Alguns eram apenas tímidos. Pelo menos 33 eram crianças.

 

PARA_SEMPRE_ALICE__142056281825555SK1420562818BPara sempre Alice, de Lisa Genova – 4,5 ★

Alice (no filme, interpretada por Julianne Moore) sempre foi uma mulher de certezas. Professora e pesquisadora bem-sucedida, não havia referência bibliográfica que não guardasse de cor. Alice sempre acreditou que poderia estar no controle, mas nada é para sempre. Perto dos cinqüenta anos, Alice Howland começa a esquecer. No início, coisas sem importância, até que ela se perde na volta para casa. Estresse, provavelmente, talvez a menopausa; nada que um médico não dê jeito. Mas não é o que acontece. Ironicamente, a professora com a memória mais afiada de Harvard é diagnosticada com um caso precoce de mal de Alzheimer, uma doença degenerativa incurável. Poucas certezas aguardam Alice. Ela terá que se reinventar a cada dia, abrir mão do controle, aprender a se deixar cuidar e conviver com uma única certeza: a de que não será mais a mesma. Enquanto tenta aprender a lidar com as dificuldades, Alice começa a enxergar a si própria, o marido (Alec Baldwin), os filhos (Kate Botsworth, Hunter Parrish e a queridinha de Hollywood, Kirsten Stewart) e o mundo de forma diferente. Um sorriso, a voz, o toque, a calma que a presença de alguém transmite podem devolver uma lembrança – mesmo que por instantes, e ainda que não saiba quem é.

 

 

O_OLHO_MAIS_AZUL_15698963756173SK1569896376BO olho mais azul, de Toni Morrison – 5 ★ ❤ 

Uma tentativa de dramatizar a opressão que o preconceito racial pode causar na mais vulnerável das criaturas: uma menina negra. Considerado um dos livros mais impactantes de Toni Morrison, o primeiro romance da autora conta a história de Pecola Breedlove, uma menina negra que sonha com uma beleza diferente da sua. Negligenciada pelos adultos e maltratada por outras crianças por conta da pele muito escura e do cabelo muito crespo, ela deseja mais do que tudo ter olhos azuis como os das mulheres brancas — e a paz que isso lhe traria. Mas, quando a vida de Pecola começa a desmoronar, ela precisa aprender a encarar seu corpo de outra forma. Poderosa reflexão sobre raça, classe social e gênero, O olho mais azul é um livro atemporal e necessário.

Preciso destacar a honra que foi participar do Clube do Curinga. Foi ótima a experiência do debate que tivemos, todos não negros, exceto eu, abertos para conversar sobre racismo a partir não só da experiência com a leitura, mas também com as experiências do nosso cotidiano. Apaixonada! ❤

 

A_PEQUENA_LIVRARIA_DOS_CORACOE_1492532683672822SK1492532684B A pequena livraria dos corações solitários, de Annie Darling – 3 ★

Era uma vez uma pequena livraria em Londres, onde Posy Morland passou a vida perdida entre as páginas de seus romances favoritos. Assim, quando Lavinia, a excêntrica dona da Bookends, morre e deixa a loja para Posy, ela se vê obrigada a colocar os livros de lado e encarar o mundo real. Porque Posy não herdou apenas um negócio quase falido, mas também a atenção indesejada do neto de Lavinia, Sebastian, conhecido como o homem mais grosseiro de Londres. Posy tem um plano astucioso e seis meses para transformar a Bookends na livraria dos seus sonhos — isso se Sebastian deixá-la em paz para trabalhar. Enquanto Posy e os amigos lutam para salvar sua amada livraria, ela se envolve em uma batalha com Sebastian, com quem começou a ter fantasias um tanto ardentes. Resta saber se, como as heroínas de seus romances favoritos, Posy vai conseguir o seu “felizes para sempre”. O primeiro livro da série A Livraria dos Corações Solitários!

Como vocês perceberam eu tenho feito leituras muito tristes e pesadas, resolvi pegar uma história mais leve no Kindle Unlimited, mas me decepcionei. A trama em torno de uma livraria e o plano para salvá-la foi o que me prendeu até o final. Há diversas referências literárias, um prato cheio para os leitores de romances românticos. A forma com que a autora tratou do luto também merece destaque pela sensibilidade para a protagonista. O clichê de pessoas que brigam o tempo todo, mas na verdade se querem não foi um problema para mim. Mas não consigo mais suportar a retratação de boys arrogantes que objetificam as mulheres o tempo todo e as humilha por elas serem “simplesmente mulheres”, não dá mais, não me desce! Por isso achei Sebastian insuportável, não consegui me afeiçoar a ele e ao “romance” proposto pela autor. Fora a falta de qualquer tipo de representatividade, só há personagens brancos e ponto! Nem tenho interesse em ler os demais livros da série.

 

Me digam nos comentários como e quais foram as leituras que vocês fizeram durante o mês de maio e quais outras atividades, além da leitura, vocês têm conseguido fazer nesse período de isolamento social, vou adorar saber! 😉

 

Até o próximo post.

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4 Comentários

  1. Curiosa sobre sua opinião em relação ao KU. Também nunca usei

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    1. Oies Tati, mulher preciso fazer o post, o tempo passou e eu esqueci, rs… Vou me planejar para publicar nos próximos dias. Obrigada por lembrar! ❤ Bjos

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  2. Ahhh, fico tão feliz que sua participação na LC de “O Olho Mais Azul”, além de ter sido uma ótima experiência (tanto pra vc quanto pra todos que participaram *-*) foi também de alguma forma um empurrãozinho pra se ler mais. Eu acho que eu estava assim em Abril, usando a leitura como distração de tudo, e por isso as leituras também renderam bem. Em Maio diminuiu um pouco porque não consegui trabalhar tão bem essa questão de me distrair, mas também foi um mês de leitura ainda dentro dos padrões. Agora, mesmo que vc tenha começado antes de maio as leituras que concluiu, cada título de peso hein!? Só “A Pequena Livraria dos Corações Solitários” que eu quase sempre vejo só pessoas se decepcionando e por isso até já desisti de ler ele hahahah
    Nunca usei o Kindle Unlimited, mas quero saber depois se vc acha que vale a pena!

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    1. Oies Isa! Posso dizer que tenho adorado tanto as leituras, as discussões e as trocas que o Clube do Curinga tem me proporcionado, tem sido maravilhoso tbm conhecer novas pessoas. O meu ritmo de leitura em oscilando tbm, mas até que acho natural, eu ando meio entediada com as coisas, principalmente filmes e séries, mas os livros continuam me acompanhando, mesmo quando as histórias são problemáticas como essa de A pequena livraria dos corações solitários. Ah, não leia mesmo, vc provavelmente só passaria raiva hahaha. Tinha esquecido do post do KU, mas ou me programar para que ele saia em breve 😉 Bjos

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