Oies Bookaholics!
Quem aí nunca ficou tentado a ler aqueles livros que acabaram de ser lançados? Devido à influência de diversos canais no Youtube era quase impossível para mim não ficar tentada a ler o que todo mundo tava tanto comentando tão positivamente. Mas aí nessa efervescência eu saía comprando muita coisa, afinal não poderia ficar de fora do hype, certo? E aí vinham algumas consequências: eu gastava muito mais em livros do que gasto hoje; lia somente os livros mais novos deixando os mais antigos abandonados e ou esquecia dos novos porque não estava a fim de lê-los; quando os lia às vezes não achavam que valiam tudo isso.
O fato é que ao passar dos anos eu fui mudando e os meus hábitos. Desde o ano passado tenho refletido muito sobre os meus gastos com os livros e tenho tentado priorizar aqueles que realmente tem relevância para o que eu acredito agora. Inclusive neste post comentei um pouco sobre algumas dos valores que venho buscado nos livros ultimamente. Também estou me desfazendo de diversos livros, desses que comprei e li no hype e não vejo mais sentido de tê-los na minha coleção, mas isso é assunto para outro post 😉
Entretanto, alguns títulos muito comentados nos últimos meses (alguns até mais nos últimos anos) têm chamado a minha atenção e quero muito lê-los. Listei 9 livros que estão na minha wishlist! Aproveito e peço para que se vocês já leram, me digam nos comentários como foi a experiência e se realmente vale a pena adquirir os seguintes títulos:
Minha história, Michelle Obama (Objetiva, 2018)
Um relato íntimo, poderoso e inspirador da ex-primeira-dama dos Estados Unidos. Com uma vida repleta de realizações significativas, Michelle Obama se consolidou como uma das mulheres mais icônicas e cativantes de nosso tempo. Como primeira-dama dos Estados Unidos — a primeira afro-americana a ocupar essa posição —, ela ajudou a criar a mais acolhedora e inclusiva Casa Branca da história. Ao mesmo tempo, se posicionou como uma poderosa porta-voz das mulheres e meninas nos Estados Unidos e ao redor do mundo, mudando drasticamente a forma como as famílias levam suas vidas em busca de um modelo mais saudável e ativo, e se posicionando ao lado de seu marido durante os anos em que Obama presidiu os Estados Unidos em alguns dos momentos mais angustiantes da história do país. Ao longo do caminho, ela nos ensinou alguns passos de dança, arrasou no Carpool Karaoke e criou duas filhas responsáveis e centradas, apesar do impiedoso olhar da mídia. Em suas memórias, um trabalho de profunda reflexão e com uma narrativa envolvente, Michelle Obama convida os leitores a conhecer seu mundo, recontando as experiências que a moldaram — da infância na região de South Side, em Chicago, e os seus anos como executiva tentando equilibrar as demandas da maternidade e do trabalho, ao período em que passou no endereço mais famoso do mundo. Com honestidade e uma inteligência aguçada, ela descreve seus triunfos e suas decepções, tanto públicas quanto privadas, e conta toda a sua história, conforme a viveu — em suas próprias palavras e em seus próprios termos. Reconfortante, sábio e revelador, Minha história traz um relato íntimo e singular, de uma mulher com alma e consistência que desafiou constantemente as expectativas — e cuja história nos inspira a fazer o mesmo.
A amiga genial, Elena Ferrante (Biblioteca Azul, 2015)
É curioso que o início deste livro – e da tetralogia que se inicia com ele – seja a escolha de uma ausência, ou, como nomeia o prólogo, um “apagar os vestígios”. Quando Elena recebe um telefonema do filho de Lila, sua amiga de infância, dizendo não apenas que a mãe desaparecera, mas que “queria também apagar toda a vida que deixara para trás”, Elena inicia, paradoxalmente, uma resposta um tanto irritada de pôr no papel tudo o que guardava na memória sobre a outra, justamente para impedi-la de desaparecer. Lila Cerullo e Elena Greco são duas meninas que crescem em meio ao subúrbio de Nápoles, nos anos 1950, ainda convivendo com a densa herança da Segunda Guerra Mundial. Em um bairro em que o trabalho parece ser definidor de todas as pessoas – as personagens são descritas como a família do sapateiro, a do contínuo, a do marceneiro, a do ferroviário, a do capitalista -, é traçado o microcosmo da sociedade, em que os ricos estão em vantagem, mas também são dadas oportunidades para os mais espertos. Nápoles, pois, é como um vórtice espaço-temporal no qual se encontram gregos e latinos com a modernidade pulsante do pós-guerra, revistas de moda para mulheres emancipadas com velhos ideais românticos, o velho e o novo, a aldeia e o universal. É nesse cenário que a vida de duas garotas ganhará uma densidade brutal. Desde muito pequenas, Lila e Elena olharão uma para a outra com o olhar arguto e cruel que só as crianças têm, em um enfrentamento de destrezas e fragilidades como poucas vezes descrito na história da literatura. A oscilação incômoda e inapreensível que percorre toda a série napolitana passará, nesse primeiro livro, pelas inseguranças da infância e as dúvidas da adolescência, e as duas garotas vão sendo postas à prova por suas inteligências, por suas escolhas, por suas belezas, por suas sexualidades. O duelo constante entre admiração e repulsa, inveja e afeto, intimidade e distância vai sendo construído pela narradora como símbolo máximo desse universo de sonho e esperança que nasce na ferida profunda da guerra. Se há tensão e uma carga de violência constante, que parece querer explodir a qualquer momento, há também garotas comuns que sonham com belos vestidos, viagens fantásticas e buscam, através dos estudos, uma compatibilização dos mundos tão distantes em que transitam.
Os sete maridos de Evelyn Hugo, Taylor Jenkins Reid (Paralela, 2019)
Com todo o esplendor que só a Hollywood do século passado pode oferecer, esta é uma narrativa inesquecível sobre os sacrifícios que fazemos por amor, o perigo dos segredos e o preço da fama. Lendária estrela de Hollywood, Evelyn Hugo sempre esteve sob os holofotes ― seja estrelando uma produção vencedora do Oscar, protagonizando algum escândalo ou aparecendo com um novo marido… pela sétima vez. Agora, prestes a completar oitenta anos e reclusa em seu apartamento no Upper East Side, a famigerada atriz decide contar a própria história ― ou sua “verdadeira história” ―, mas com uma condição: que Monique Grant, jornalista iniciante e até então desconhecida, seja a entrevistadora. Ao embarcar nessa misteriosa empreitada, a jovem repórter começa a se dar conta de que nada é por acaso ― e que suas trajetórias podem estar profunda e irreversivelmente conectadas.
Daisy Jones & the six, Taylor Jenkins Reid (Paralela, 2019)
Embalado pelo melhor do rock’n’roll, um romance inesquecível sobre uma banda dos anos 1970, sua apaixonante vocalista e o amor à música. Da autora de Em Outra Vida, Talvez? Todo mundo conhece Daisy Jones & The Six. Nos anos setenta, dominavam as paradas de sucesso, faziam shows para plateias lotadas e conquistavam milhões de fãs. Eram a voz de uma geração, e Daisy, a inspiração de toda garota descolada. Mas no dia 12 de julho de 1979, no último show da turnê Aurora, eles se separaram. E ninguém nunca soube por quê. Até agora. Esta é história de uma menina de Los Angeles que sonhava em ser uma estrela do rock e de uma banda que também almejava seu lugar ao sol. E de tudo o que aconteceu — o sexo, as drogas, os conflitos e os dramas — quando um produtor apostou (certo!) que juntos poderiam se tornar lendas da música. Neste romance inesquecível narrado a partir de entrevistas, Taylor Jenkins Reid reconstitui a trajetória de uma banda fictícia com a intensidade presente nos melhores backstages do rock’n’roll.
Um caminho para a liberdade, Jojo Moyes (Intrínseca, 2019)
Cinco mulheres vão enfrentar uma cidade inteira por amor aos livros. E juntas vão descobrir o poder do conhecimento, da liberdade e da amizade. Em uma época em que não seguir os costumes e a religião era transgressão gravíssima, o caminho de um grupo de mulheres se cruza de maneira inesperada. A década de 1930 está chegando ao fim, e, em uma pequena cidade do interior dos Estados Unidos, a ideia de que as moças administrem uma biblioteca itinerante desafia o status quo. Com o compromisso de levar livros para os moradores mais pobres da região, Margery, Alice, Beth, Sophia e Izzy aceitam trabalhar na biblioteca. E à medida que enfrentam inúmeras dificuldades, como aprender a cavalgar, percorrer rotas de difícil acesso e suportar o preconceito dos mais conservadores, elas fortalecem o laço que as une e descobrem mais sobre si mesmas. Em pouco tempo, toda a cidade se volta contra o grupo, colocando em risco a sobrevivência do projeto. E as mulheres vão se perguntar mais uma vez se o poder das palavras será suficiente para salvá-las. Inspirado em uma história real, Um Caminho Para a Liberdade fala de lealdade, independência e justiça. Com uma trama envolvente e emocionante, Jojo Moyes faz o leitor refletir sobre as redes de apoio e amizade entre mulheres e como é preciso ir além dos nossos — supostos — limites. Afinal, conquistar a liberdade nunca é fácil.
Um lugar bem longe daqui, Delia Owens (Intrínseca, 2019)
Por anos, boatos sobre Kya Clark, a “Menina do Brejo”, assombraram Barkley Cove, uma calma cidade costeira da Carolina do Norte. Ela, no entanto, não é o que todos dizem. Sensata e inteligente, Kya sobreviveu por anos sozinha no pântano que chama de lar, tendo as gaivotas como amigas e a areia como professora. Abandonada pela mãe, que não conseguiu suportar o marido abusivo e alcoólatra, e depois pelos irmãos, a menina viveu algum tempo na companhia negligente e por vezes brutal do pai, que acabou também por deixá-la. Anos depois, quando dois jovens da cidade ficam intrigados com sua beleza selvagem, Kya se permite experimentar uma nova vida — até que o impensável acontece e um deles é encontrado morto. Ao mesmo tempo uma ode à natureza, um emocionante romance de formação e uma surpreendente história de mistério, Um Lugar Bem Longe Daqui relembra que somos moldados pela criança que fomos um dia e que estamos todos sujeitos à beleza e à violência dos segredos que a natureza guarda.
O sol ainda brilha, Anthony Ray Hinton (Vestígio, 2019)
Em 1985, Anthony Ray Hinton foi preso sob duas acusações de assassinato no estado do Alabama, sul dos Estados Unidos. Atordoado, confuso e com apenas 29 anos de idade, Hinton sabia que se tratava de um erro de identidade e acreditava que a verdade provaria sua inocência, acabando por libertá-lo rapidamente. Mas sem nenhum dinheiro e sujeito a um sistema de justiça que operava de maneira diferente para um homem negro e pobre do Sul, Hinton foi condenado à cadeira elétrica. À medida que compreendia e aceitava o próprio destino, ele decidiu não apenas sobreviver, mas também encontrar uma maneira de viver no corredor da morte, tornando-se luz na escuridão – para si mesmo e para seus colegas detentos. O sol ainda brilha é um depoimento extraordinário sobre o poder da esperança nos momentos mais sombrios. O livro de Hinton conta sua dramática jornada de trinta anos de encarceramento e mostra que é possível tirar de um homem sua liberdade, mas não sua imaginação, seu humor e sua compaixão.
Os testamentos, Margaret Atwood (Rocco, 2019)
Após quase 35 anos do lançamento de O conto da aia, distopia que arrebatou o mundo todo e nos transportou para o centro de um governo teocrático em que as mulheres perderam seus direitos e identidade, Margaret Atwood nos brinda com Os testamentos, uma obra igualmente genial, que responderá perguntas que não saíram de nossas cabeças desde que a porta da van se fechou, levando Offred para um destino imprevisível. Dessa vez, teremos três narradoras, que, através de seus testamentos, apresentarão mais detalhes sobre o mundo além dos muros de Gilead, e darão luz a espaços obscuros que revelam mais do que podemos imaginar sobre um regime ditatorial e sobre as pessoas que sustentam sua estrutura. Os testamentos se passa quinze anos após os acontecimentos aterrorizantes de O conto da aia. Mesmo diante de inúmeras tentativas de desestruturação, o regime da República de Gilead permanece de pé, mas há sinais de que suas pilastras começam a apresentar rachaduras. É nesse momento que a vida de três mulheres se entrelaça.
Verity, Colleen Hoover (Galera Record, 2020)
O amor é capaz de superar a pior das verdades? Verity Crawford é a autora best-seller por trás de uma série de sucesso. Ela está no auge de sua carreira, aclamada pela crítica e pelo público, no entanto, um súbito e terrível acidente acaba interrompendo suas atividades, deixando-a sem condições de concluir a história… E é nessa complexa circunstância que surge Lowen Ashleigh, uma escritora à beira da falência convidada a escrever, sob um pseudônimo, os três livros restantes da já consolidada série. Para que consiga entender melhor o processo criativo de Verity com relação aos livros publicados e, ainda, tentar descobrir seus possíveis planos para os próximos, Lowen decide passar alguns dias na casa dos Crawford, imersa no caótico escritório de Verity – e, lá, encontra uma espécie de autobiografia onde a escritora narra os fatos acontecidos desde o dia em que conhece Jeremy, seu marido, até os instantes imediatamente anteriores a seu acidente – incluindo sua perspectiva sobre as tragédias ocorridas às filhas do casal. Quanto mais o tempo passa, mais Lowen se percebe envolvida em uma confusa rede de mentiras e segredos, e, lentamente, adquire sua própria posição no jogo psicológico que rodeia aquela casa. Emocional e fisicamente atraída por Jeremy, ela precisa decidir: expor uma versão que nem ele conhece sobre a própria esposa ou manter o sigilo dos escritos de Verity?
Até o próximo post.
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Eu tenho repensado muito a minha relação com os livros também. Desses livros que você citou eu já li Verity e Um Caminho para a Liberdade e os dois são incríveis. Os dois entraram para as melhores leituras que fiz no ano passado. E quero muito ler os outros livros que vc citou também. Sou doida pra ler a biografia da Michelle e o novo da Margaret Atwood. Beijos
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Ai Tábata, ultimamente tenho ficado cada vez mais crítica sobre os livros, aí evito “desperdiçar” dinheiro rs. Lembro que vi seu vídeo sobre Um caminho para a liberdade e percebi o quanto vc gostou! Não vejo a ora de ler esses livros para comprovar se é tudo verdade mesmo 😉 Bjos
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A amiga genial também está na minha lista. Da Elena Ferrante li A filha perdida e gostei muito 🙂
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Ah Bia, pelo tanto que ouvi falar acho que finalmente chegou o momento! 😉
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[…] Alguns dos últimos lançamentos mais comentados que quero ler […]
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