Oies Bookaholics!
Como prometido anteriormente quero compartilhar com vocês as minhas experiências com cursinhos pré-vestibulares e dizer se vale a pena mesmo investir nessa fase tão estressante de preparação para o ingresso numa universidade.
Quando eu estava no 3º ano do ensino médio (2008) ganhei uma bolsa no Anglo Vestibulares, especificamente na unidade de Osasco, não precisei fazer prova porque a minha escola me indicou e a bolsa concedida era para uma turma de final de semana, com material incluso sem nenhum custo. E aqui vai a primeira dica: vários cursinhos oferecem descontos mediante o seu resultado nas provas de bolsas deles, então vale a pena conferir 😉
Uma segunda dica que dou é a seguinte: aproveitem o máximo possível. Digo isso porque aparentemente eu estava matriculada na turma de final de semana, mas aproveitava para ir aos plantões de dúvidas e às aulas especiais de literatura, mesmo que fossem em outro dia da semana. Claro que também depende da sua disponibilidade, mas vale a pena. Diferente de uma escola comum, os cursinhos geralmente não possuem aquela rigidez com listas de presença e a obrigatoriedade do aluno estar presente, assim é muito mais tranquilo aproveitar ao máximo tudo o que oferecem.
A qualidade do Anglo é inegável e a estrutura deles é realmente incrível assim como os seus professores, e por isso o custo é muito alto e nem todo mundo tem acesso. O problema de fazer somente as aulas de final de semana era que tinha quatro matérias que só se repetiriam 2 ou 3 meses depois.
A minha segunda experiência foi em 2014 no Cursinho Henfil e optei pela turma de maio, com aulas de segunda à sexta-feira e com o conteúdo mais voltado ao Enem, já que eu ia tentar o Sisu. O Henfil tem uma política de vestibular mais acessível e oferece um valor mais razoável nas mensalidades e que se encaixava perfeitamente no meu bolso. Eu fazia as aulas presenciais na extinta unidade 2 da Av. Paulista, e infelizmente vários problemas administrativos complicaram a rotina, inclusive com a unidade sendo fechada 2 meses antes dos vestibulares. Fomos transferidos para a unidade I e foi um inferno porque as turmas não estavam sincronizadas no conteúdo e até mesmo os professores eram diferentes. Outros problemas: a demora para a entrega das apostilas e a falta de professores, principalmente em biologia, e física cheguei a ter apenas 1 aula. Não sei como está a situação hoje, mas acho que apesar dos pesares foi muito bom, não por acaso eu consegui passar tanto na USP como na UNIFESP.
Tanto no Anglo quanto no Henfil eu pude notar que há uma atmosfera diferenciada em sala de aula, os professores geralmente tentam descontrair e tornar as aulas mais leves e sempre incentivando os alunos. Para aqueles que sofreram durante a escola pode ser uma boa opção voltar num ambiente mais acolhedor, digamos assim.
Por ter estudado em escola pública por toda a minha vida o cursinho foi essencial porque vários assuntos eu sequer tinha visto durante a minha formação devido à péssima qualidade do ensino. O cursinho também foi um guia, porque muitas vezes eu mal sabia por onde começar a estudar e que tipo de raciocínio são fundamentais para solucionar as questões cobradas. Foi muito bom também ter a oportunidade de fazer redações e receber um feedback podendo melhorar os meus pontos fracos. Então sim, vale muito a pena fazer cursinho, mas faço uma ressalva:
Só as aulas não são o suficiente! É preciso ter uma rotina de estudos diária, ter muito foco, fazer e refazer exercícios e ler muito, estar muito atento às atualidades nacionais e o que acontece ao redor do mundo. Não adianta apenas frequentar as aulas e achar que está fazendo muito, porque infelizmente você não está e sairá frustrado das provas, acredite porque isso aconteceu comigo nas duas vezes que prestei a FUVEST! Vou compartilhar num post futuro como era a minha rotina de estudos, mas para adiantar eu também fazia as aulas gratuitas online do QG do Enem e consumia muito outros conteúdos na internet.
Se você não tem condições de pagar um cursinho recomendo que você busque em sua cidade os cursinhos populares que possuem um preço extremamente acessível e geralmente não cobram mensalidades. Esses cursinhos contam com professores voluntários, geralmente alunos (eu inclusive dou aulas de literatura esporadicamente num deles). Há alguns cursinhos específicos da própria USP que são bem concorridos e valem muito a pena 😉
Se ainda assim você tenha dificuldade use e abuse da internet que (aparentemente) é de graça! No próprio YouTube tem diversos canais voltados à educação e ajudam muito nesse período, como o English in Brazil e o de biologia do Atila Iamarino 😉 Um cursinho online que também vem fazendo bastante sucesso é o Descomplica, duas amigas fizeram em 2018, e as duas foram bem sucedidas: uma passou em Letras na USP (e virou a minha bixete) e a outra passou em Ciências Sociais na UNIFESP.
Se você vai prestar vestibular, esse início de ano é o momento perfeito para buscar uma alternativa para te ajudar nessa jornada. Buscar orientações é fundamental para finalizar essa jornada com sucesso.
Até o próximo post.
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Muito bom você expor aqui a sua experiência com cursinhos e etc… vai ajudar muitas pessoas nesta fase. Abraços
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Obrigada Bia! ❤
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[…] Confesso que nesse mix de sentimentos a minha frequência por aqui diminuiu, mas estou tentando buscar um equilíbrio para dar conta de tudo, e digo isso pensando nas coisas que realmente significam para mim e que por isso valem investimento. Mesmo assim, fora os posts de resenhas também falei sobre os 10 livros clássicos que preciso reler e Diário da Faculdade | Vale a pena fazer cursinho pré-vestibular? […]
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[…] que já falei sobre As minhas experiências com a Fuvest, o vestibular da USP e também se Vale a pena fazer cursinho pré-vestibular?. É frequente eu receber dúvidas de como foi a minha rotina de estudos e quais conteúdos se deve […]
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