Oies Bookaholics!
Hoje quero dedicar esse post a história tão amorzinho em Simon vs. a agenda homo sapiens da autora Becky Albertalli, publicado no Brasil pela editora Intrínseca. O livro foi publicado em 2016 e fez muito sucesso, muita gente estava falando e preferi deixar de lado para não ser tão influenciada, e mesmo com as notícias da adaptação para o cinema. Como vi que o filme estava prestes para ser lançado em solo nacional resolvi finalmente comprar o livro e tirar as minhas próprias conclusões.
Eu também não vi ainda nenhum vídeo sobre a adaptação e comparações com o livro, mas depois de assistir o filme ontem e acabar a leitura, sério nesse exato momento vou compartilhar as minhas opiniões com vocês sobre o livro e sobre o filme 😉
Simon vs. the homo sapiens agenda – 2015 – Young Adult – 272 Páginas – 5/5 ❤
Sinopse: Simon tem dezesseis anos e é gay, mas ninguém sabe. Sair ou não do armário é um drama que ele prefere deixar para depois. Tudo muda quando Martin, o bobão da escola, descobre uma troca de e-mails entre Simon e um garoto misterioso que se identifica como Blue e que a cada dia faz o coração de Simon bater mais forte. Martin começa a chantageá-lo, e, se Simon não ceder, seu segredo cairá na boca de todos. Pior: sua relação com Blue poderá chegar ao fim, antes mesmo de começar. Agora, o adolescente avesso a mudanças precisará encontrar uma forma de sair de sua zona de conforto e dar uma chance à felicidade ao lado do menino mais confuso e encantador que ele já conheceu. Uma história que trata com naturalidade e bom humor de questões delicadas, explorando a difícil tarefa que é amadurecer e as mudanças e os dilemas pelos quais todos nós, adolescentes ou não, precisamos enfrentar para nos encontrarmos.
Sabe aqueles livros que te deixam com um quentinho no coração? Foi o que eu senti com a leitura da história de Simon e Blue ❤ Com uma narrativa em primeira pessoa, a partir das perspectivas de Simon, o livro se desenvolve rapidamente, envolvendo o leitor principalmente para desvendar o mistério da identidade de Blue.
Então, venho pensando nessa história de identidade secreta. Você já se sentiu preso dentro de si mesmo? Não sei se isso faz algum sentido. É que às vezes parece que todo mundo sabe quem eu sou, menos eu. (Pág. 56)
O livro é do gênero Young Adult, então como é bem característico, a leitura flui rapidamente, os capítulos são curtos, e a troca de e-mails entre os personagens também colabora muito para esse fluência. Há várias referências culturais de filmes, livros, músicas e jogos. E além de toda aquela atmosfera das inseguranças que passamos durante a adolescência durante o ensino médio, tudo se torna mais complicado por tratar da questão da sexualidade e como assumi-la se torna um processo tão angustiante e atormentador.
Não sei por que não é assim com essa coisa toda de ser gay. Não sei por que sinto como se estivesse vivendo uma vida secreta ao esconder isso deles. (Pág. 120)
E aí dessa condição de sair do armário que dá o título do livro, que achei melhor compartilhar o que vi no blog Pac Mãe: “O dilema que acompanha Simon – e Blue – durante toda a história é justamente essa questão de sair do armário. O título do livro Simon vs. A Agenda Homo Sapiens é um trocadilho com a questão da agenda homossexual – termo utilizado pelos conservadores para criticar as pautas igualitárias na política. Simon e Blue não se conformam com a necessidade de gays terem que sair do armário.”
Ao longo das quase 300 páginas a autora conseguiu trabalhar bem essa temática e com uma sensibilidade incrível. Apesar da história ter vários momentos de tensão, afinal a homo afetividade ainda é tabu na sociedade, o tom da narrativa é muito leve e sensível. E claro que o relacionamento familiar também teve muita ênfase. Temos a impressão de a família de Simon é perfeita, com pais super compreensivos, e ainda mais por sua mãe ser psicóloga, mas Simon não se sente assim na maioria das vezes, e não só em ralação à sexualidade, mas também ao consumo de álcool e sexo:
Acho que não devo contar para os meus pais. Tenho quase certeza de que eu não levaria uma bronca se contasse. Não sei. Preciso passar mais tempo na minha cabeça com esse novo Simon. Meus pais tem um talento nata para estragar coisas assim. Eles ficam muito curiosos. Parece que têm uma ideia de mim, e sempre que eu me afasto dessa ideia, eles ficam perdidos. É tão constrangedor que não consigo nem descrever. (Pág. 53)
E nesse momento novo para Simon ele se sente ainda mais pressionado:
Eles me colocam em uma caixa, e toda vez que tento abrir a tampa, eles a fecham de volta. É como se nada em mim pudesse mudar. (Pág. 145)
Outro ponto que merece destaque na obra são os personagens reais. Becky Albertalli construiu a história com personagens que fogem dos estereótipos, trazendo muita representatividade não só aos homossexuais, mas também aos negros e garotas que fora do manequim 36 e tamanho P.
O último ônibus para o sul do condado só sai em quinze minutos, e Abby leva uma hora para chegar em casa. O tempo que ela e a maioria dos alunos negros levam indo e voltando da escola todo dia é maior do que o tempo que u levo a semana inteira. Atlanta é uma cidade tão segregada, mas ninguém nunca fala sobre isso. (Pág. 35)
E ainda:
Branco não devia ser o padrão, assim como hétero não devia ser o padrão. Não devia existir nenhum padrão. (Pág. 236)
A relação de Simon com Martin é bem complexa, isso porque você acaba enxergando o chantageador de outra maneira, não é o típico vilão que você sente raiva, foi um personagem construído sob várias camadas que você vai atravessando no decorrer das páginas. A importância da amizade também é fortemente marcada desde o início e como ela se desenvolve, tratando sobre confiança e a questão do diálogo.
Sobre o livro, posso garantir que realmente é tudo o que falam. Becky Albertalli acertou em vários pontos e nos fez apaixonar por toda a trama: e ao mesmo tempo em que você quer terminar para descobrir o mistério, você também não quer se despedir da história. Confesso que para mim foi um pouco confuso para mim guardar o nome de todos os personagens e suas características nas primeiras páginas, mas depois fica bem mais fácil. Quero muito ler as demais obras da autora, principalmente o título mais recente publicado no Brasil: Os 27 crushes de Molly. ❤
Considerações sobre o filme
Quando assisti ao filme ontem eu estava na metade do livro e sim eu amei! O filme sob a direção de Greg Berlanti não deixou nada a desejar, conseguiu expressar toda a sensibilidade do livro. Claro que alguns detalhes mudaram de uma formato para o outro, porque sabemos que não dá para colocar tudo nas telas, mas o sentimento e a mensagem foram bem disseminadas.
No filme a gente fica rindo desde o começo por conta das sacadas e da maneira como a homossexualidade é tratada. Sério! Eu ri muito por conta de como o filme fez uma representação dos estereótipos. Várias referências são mantidas, mantendo uma conexão com o livro. A representativa dos personagens foram mantidas e sim, temos negros em papéis de destaque.
No filme o posicionamento do pai de Simon, preconceituoso, foi mais intenso, já que no livro (até a parte que eu tinha lido) não tinha ficado tão claro. Martin, o “vilão” foi muito bem trabalhado e mais uma vez você fica acaba percebendo que ele não é tão vilão assim. Aproveitando para dizer também que gostei muito da escolha do elenco e não consigo pensar em outros atores para fazerem cada personagem, os meus queridinhos Jennifer Garner (De repente 30) e Josh Duhamel (Juntos pelo acaso) estão perfeitos como os pais de Simon ❤
A maneira como o filme vai colocando os possíveis personagens como Blue, conforme Simon vai criando suas expectativas foi uma sacada bem legal, porque acaba conectando também com as desconfianças que o protagonista tinha no livro. A trilha sonora é muito envolvente com direito a coreografias e tudo! Confesso que gostei bem mais da cena do encontro entre Simon e Blue do filme, tornando a história mais emociante e especial.
Acho que não teria nenhum detalhe que tenha me desagradado, mas me apaixonei tanto pelo livro como pelo filme. Ambos são uma luz, uma esperança para uma sociedade mais humana e empática.
Me digam nos comentários se já leram e/ou assistiram ao filme, se gostaram… Vou adorar saber! 😉
Até o próximo post!
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Cah, é incrível como você faz eu ter vontade de ler os livros!!!! Bjks
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Oies! Aii sua linda, acabou de colocar um sorriso no meu rosto 🙂 ❤ Ah, e desculpa tbm, rs 😛 Bjos
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[…] Com amor, Simon que eu simplesmente adorei! Confiram: Resenha | Simon vs. a agenda homo sapiens, por Becky Albertalli + Considerações sobre o filme […]
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[…] you let go (Alexander Fogelmark) representa completamente o relacionamento de Simon e Blue em Simon vs. a agenda homo sapiens, por Becky Albertalli, principalmente por parte de Blue que parece não estar pronto para partir para o próximo nível […]
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[…] Só me interessei por este livro depois que o filme saiu nos cinemas e eu simplesmente adorei tudo: filme e livro! Fui ao cinema e comi muitos Oreos, rs (entendedores entenderão 😉 ). Fiz post falando sobre os dois formatos disponíveis da história de Simon e vocês podem conferir: Resenha | Simon vs. a agenda homo sapiens, por Becky Albertalli + Considerações sobre o filme. […]
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[…] que ela desenvolveu a temática da homossexualidade em Simon vs. a agenda homo sapiens (confiram: Resenha | Simon vs. a agenda homo sapiens, por Becky Albertalli + Considerações sobre o filme) que fiquei muito curiosa para ler Os 27 crushes de Molly que tem uma protagonista gorda. […]
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Ainda não li e nem assisti, não me falta vontade, mas através desta resenha só me fez querer ambos para já! Bjs :*
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Oies! Ah Stefany eu amei a história, tanto do livro como do filme, são muito apaixonantes! Fico feliz por vc ter se animado depois de ver o post 🙂 Depois me diga o que achou, viu? 😉 ❤ Bjos
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[…] Resenha | Simon vs. a agenda homo sapiens, por Becky Albertalli + Considerações sobre o filme […]
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[…] Simon vs. a agenda homo sapiens, de Becky Albertalli + Considerações sobre o filme […]
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[…] 1. Sob a luz dos seus olhos (Chris Melo) 2. Simon vs. a agenda homo sapiens (Becky Albertalli) 3. Um diário do ano da peste (Daniel Defoe) 4. A abadia de Northanger (Jane […]
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Juntos pelo Acaso de Josh é um bom filme. Eu também adoro Katherine Heigl. É de admirar o profissionalismo desta atriz, trabalha muito para se entregar em cada atuação o melhor, sempre supera seus papeis anteriores. Um dos seus filmes de animação lançamentos que eu vi faz um pouco tempo é O Que Será de Nozes é adorei. Foi uma surpresa pra mim, já que foi uma historia de comedia muito criativa que usou um muito bom elenco. Não tem dúvida de que Katherine Heigl foi perfeita para o papel principal. Eu recomendo.
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Oies! Seja muito bem vinda 🙂 Eu gosto muito dessa atriz, e Juntos pelo acaso é o meu filme preferido dela ❤ Ahh, obrigada pela indicação, não assisto muito animações, mas vou anotar para assistir com a minha sobrinha 🙂
Cah
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