Oies Bookaholics!
Nessa sexta-feira 13, trago para vocês mais uma resenha do Especial Mês do Horror 2017! Esse livro era distribuído na escolas estaduais do estado de São Paulo pelo programa Apoio ao Saber, e ganhei de uma professora no final de 2014 e eu só fui ler quase 3 anos depois, rs.
- Título original: Contos clássicos de vampiros
- Autor Vários autores
- Editora: Hedra
- País: Vários
- Lançamento: 2012
- Gênero: Coletânea / Terror
- 266 Páginas
- Classificação: 3,5/5
Sinopse: Contos clássicos de vampiro reúne os primeiros e mais importantes textos de ficção tendo o vampiro como personagem literária. Presente em diversas culturas ao longo da história, essa “criatura da noite” sempre refletiu as angústias e temores de sua época, mas foi o caldeirão cultural, étnico e religioso do leste europeu que moldou a figura clássica do vampiro como um cadáver que retorna para se alimentar do sangue dos vivos. A partir do século XVIII, as diversas narrativas que circulavam na Sérvia e na Hungria chamaram a atenção de artistas e do público dos grandes centros, levando o vampiro para uma nova região que ele logo dominaria: a literatura. Esta coletânea abrange um período de cem anos de histórias de vampiros, desde o fragmento de Byron, passando pelo capítulo inicial de Drácula, suprimido por Bram Stoker, até o inédito “A tumba de Sarah”, de F.G. Loring. O leitor conta nesta edição com as obras seminais no campo da ficção, além de um apêndice com algumas das mais representativas produções literárias sobre o tema, como o fragmento do grego Filóstrato, e os poemas de Ossenfelder, Bürger,Goethe e Coleridge.
Essa leitura não me agradou muito, eu não me senti conectada com as histórias e personagens. Há vários autores consagrados mas dos textos reunidos na obra eu confesso que gostei de um conto ou outro.
Mas o que valeu muito a leitura foi a introdução de Alexandre M. da Silva, que traz um panorama riquíssmo da figura do vampiro na história mundial.
De fato, o vampiro vem acompanhando a humanidade desde os seus primórdios, refletindo-se em diversas manifestações da expressão humana, tais como o folclore, a literatura e o cinema. Ele é uma forma inconsciente de se pensar a sociedade através do espelho do além, em um jogo especular onde o “desconhecido” é fonte de medo e prazer. Um jogo cujo início, assim como o próprio vampiro, oculta-se nas trevas da história. (Pág. 9)
Achei muito interessante a relação que o autor faz do vampiro com a sociedade, isso porque na disciplina de Estudos Culturais eu precisei assistir dois filmes, entre eles Amantes Eternos (Only Lovers Left Alive – Diretor: Jim Jarmusch – 2013 ) e desenvolver um trabalho relacionando às ideias de cultura (se eu soubesse teria lido esse livro antes haha).
Semelhante ao seu parente folclórico, ao longo de mais de dois séculos o vampiro literário vem sendo capaz de assumir diferentes formas. Uma análise da literatura de vampiros dos seus primórdios nos fins do século XVIII até o início do século XXI mostra que, enquanto produto histórico-cultural, o vampiro passou de uma criatura cadavérica em farrapos para ser sofisticado e angustiado por dúvidas existenciais. Nesta trajetória, convenções literárias foram adotadas, alteradas ou abandonadas, levando-o a se tornar uma imagem especular da nossa sociedade. (Pág. 24)
Essa introdução mostra os primeiros textos na literatura que abordam essa temática, mesmo no momento em que o termo vampiro ainda não era utilizado, toda a simbologia por trás dessa figura e um dos mais clássicos e conhecidos personagens: Drácula. Alexandre M. da Silva também aborda a história do vampiro nos cinemas, sem deixar de lado a Saga Crepúsculo.
Mas vamos falar sobre os contos, não é mesmo?! 😉
Eu basicamente fui lendo um conto por dia, e fui me decepcionando ao longo da leitura. E pode até ser que o meu pouco hábito em ler livros desse gênero tenha influenciado a minha experiência. O que eu senti em basicamente todas as histórias foi o efeito final em cada história, efeito esse muito defendido por Edgar Allan Poe na teoria do conto, que consiste em que cada passagem no conto contribua para um efeito final de surpresa, envolvendo os elementos de terror e suspense.
Acho justo comparar os autores ao Poe, justamente porque são todos autores clássicos, com uma forma particular de escrita e características. Provavelmente o problema deve ser eu, mas pode ser que quando eu reler estes contos as minhas impressões mudem, quem sabe? 😉
Os contos que eu mais gostei foram O hóspede de Drácula (Bram Stoker), Porque o sangue é vida (Francis Marion Crawford), A morta amorosa (Théophile Gautier) e A tumba de Sarah (F.G. Loring). Ambos destacando as principais características do vampiro tradicional a partir de elementos de suspense e mistérios.
Preciso destacar também que esta edição conseguiu reunir vários textos na temática por diversos autores e diversos países sendo representados, incluindo também no início de cada conto algumas curiosidades sobre o autor e a publicação do próprio conto. Cabe lembrar que na parte de Apêndice há alguns poemas também.
Enfim, provavelmente o problema realmente deve ser eu, rs … Mas para quem gosta do gênero pode apreciar muito esta obra riquíssima.
Até o próximo post!
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Olá, Camila! Gostei muito da sua resenha sobre esse livro. O assunto sobre vampiros é interessantíssimo! Já vou atrás desses contos que você mais gostou! Abraços 😄😄📚❤
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Oies! Fico contente por você ter gostado, de verdade 😉 Espero que você aproveite bem e quem sabe até goste mais do que eu, hahaha. Depois me diga o que achou, viu?! 😉 Bjos da Cah
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[…] Esse livro estava parado há anos na minha estante e finalmente consegui lê-lo! Não sei muito bem o que pensar, mas provavelmente deverá ser revisitado mais vezes. Confiram: Mês do Horror 2017 | Resenha // Contos Clássicos de Vampiros. […]
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