Sobre a minha primeira leitura finalizada na Maratona Literária de Inverno 2017…
Quando a vida não oferece muito, a tendência é não pedir nada. (Págs. 202/203)
Oies Bookaholics!
Eu tive alguns imprevistos na semana passada e só agora conseguir finalizar a minha primeira leitura na MLI 2017, mas antes tarde do que nunca, não é? rs O amor segundo Buenos Aires cumpriu dois desafios: ler um livro que eu tenha comprado pela capa e ler um livro sem saber a sinopse, ou do que se trata.
- Título original: O amor segundo Buenos Aires
- Autor: Fernando Scheller
- Editora: Intrínseca
- País: Brasil
- Gênero: Romance
- Lançamento: 2016
- 288 páginas
- Classificação: 5/5 ❤ ❤
Sinopse: Buenos Aires, com suas largas avenidas, cafés em estilo europeu e bairros charmosamente decadentes, é cenário e ao mesmo tempo personagem das histórias de amor presentes neste romance arrebatador. É por amor que Hugo deixa o Brasil rumo à capital argentina. Embora o relacionamento com Leonor não sobreviva, seu fascínio pela cidade resiste à dor da separação e à descoberta de que sofre de uma grave doença. Hugo cria laços com o arquiteto Eduardo e com a comissária de bordo Carolina, que evidenciam o poder regenerador das amizades verdadeiras. Ele se reaproxima de seu pai, Pedro, que troca a rotina de um casamento desgastado por uma vida em que é possível encontrar profundos afetos. Cada personagem tem a oportunidade de contar a sua versão dos fatos, numa trama absolutamente democrática. Impossível não se encantar com a presença de espírito e o senso de humor de Carolina, a lealdade de Eduardo, a sensatez e a determinação de Daniel, o jeito excêntrico de Charlotte. Em comum, esses personagens adoráveis têm uma enorme capacidade de amar.
Eu confesso que fui muito surpreendida com essa história. Sabia de poucos detalhes, apenas que o cenário era a cidade de Buenos Aires na Argentina, e fiquei completamente encantada.
Como é possível uma pessoa fazer alguma diferença, ser relevante de alguma forma? Como não desistir diante da possibilidade de o resultado de tanta dedicação acabar se revelando, afinal, um ser humano absolutamente trivial? Não proponho que todo mundo tenha de chegar a extremos, como ganhar um prêmio Nobel ou encontrar a cura do câncer, mas gosto de observar se estou, de uma maneira muito específica, fazendo um mundo melhor. Quase sempre minha resposta é “não”. Que valores uma pessoa deve eleger para serem passados adiante? (Pág. 59)
Fernando Scheller desenvolve uma história de forma não muito convencional mesclando várias perspectivas diferentes, resultando numa narrativa mais totalizante para o leitor. Cada personagem tem direito a fala e somos guiados por pontos de vistas diferentes a cada capítulo, contando a mesma história, já que os personagens interagem uns com os outros. E é incrível perceber como personagens tão diferentes, tão singulares, cada um enfrentando seus problemas conseguem interagir.
A escrita é bem fluída e com capítulos não muito longos tornando a leitura rápida, mas mesmo com perspectivas diferentes é possível sentir empatia pelos personagens e esperar que as coisas funcionem e deem certo.
Algumas pessoas escolhem o que fazem, outras precisam se contentar com o que aparece. (Pág. 76)
Vários pontos e fatos importantes são abordados no livro, temas que envolvem uma carga emocional com o leitor, trazendo a reflexão e porque não uma certa angústia? A vida real muitas vezes não é um mar de rosas ou um comercial de margarina.
Não ter lido a sinopse foi muito bom, pois eu fui surpreendida em vários momentos. O personagem principal da história é Hugo, brasileiro que vai morar na Argentina com a namorada Leonor, e depois precisa se reerguer com o fim do relacionamento, quase que obsessivo do “amor” que ele nutre por Leonor, e ainda, das surpresas negativas que a vida lhe impõe. Ele é um professor universitário, apaixonado desde sempre pela leitura, ao longo do livro desenvolve amizades verdadeiras, sua relação com os pais e também com o amor, numa cidade que ele ama longe de seu país natal.
E é inútil tentar explicar ou convencer os outros de nossas razões, até porque algumas vezes elas não existem. (Pág. 42)
Como não se apaixonar por Buenos Aires? O autor é jornalista e no seu primeiro livro de ficção consegue nos transportar para a capital da Argentina descrevendo os cafés, o tango, as empanadas, as ruas e até a Praça de Maio (destaque para as mães e avós que lutam há mais de 40 anos atrás de filhos e netos que sumiram durante a ditadura argentina // maiores detalhes sobre o tema no post Resenha | A resistência, por Julián Fuks). A própria edição do livro é um encanto! As fontes utilizadas e os mapas da cidade a cada capítulo aproximam o leitor dos lugares descritos e despertam a vontade de conhecer e andar pelas ruas de Buenos Aires, conhecer as feiras de antiguidades.
Mais do que uma história de amor, somos imergidos em histórias de amor: paixão, amizade e relacionamento familiar. Do mais improvável as mais previsível, do laço sanguíneo ao elo da amizade verdadeira, da segurança do habitual ao desconhecido.
A ligação entre dois melhores amigos é a mais pura que pode existir. Não é definida por laços familiares, que são uma espécie de contrato tácito de amor, nem pela promessa de uma noite inesquecível de sexo. É inexplicável como é possível conversar por horas ou apenas permanecer o dia inteiro calado lado a lado de um amigo. É completamente diferente de um casamento, em que marido e mulher precisam dormir e acordar juntos. O pai, por convenção social, tem o dever de cuidar do filho. A relação entre amigos é mais natural, ela simplesmente acontece. (Pág. 93)
O amor é o norte que guia nos guia na leitura pelos encantos de Buenos Aires, sendo esse amor correspondido ou não.
Esta é, sem dúvidas, uma leitura encantadora, que aquece coração mesmo depois de apertá-lo bem forte, quase o sufocando com suas doses de agonia. Recomendo!
Até o próximo post!
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Oieee.
Fiquei encantada por essa história. Me pareceu ser um livro envolvente. Ainda não tinha ouvido falar dele, mas gostei bastante de como ele deve ter desenvoldido os temas. Uma leitura fluída é sempre maravilhosa!
Beijos.
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Oies Jessica! Fiquei muito surpreendida, não esperava que fosse gostar tanto, mas amei! ❤ Espero que vc leia e tbm se encante como eu 😉 Bjos
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Nunca tinha ouvido falar desse livro. Legal, você traz umas obras diferentes para nós e todas muito interessantes!! Bjs!
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Oies Ju! Fico muito feliz que vc tenha gostado da indicação 🙂 Espero contribuir bastante! 😉 Bjos ❤
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Nossa, você me deixou morrendo de vontade de ler esse livro! Cada citação mais linda que a outra ❤
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Geo! Fiquei apaixonada, de verdade! ❤ O livro é um verdadeiro encanto ❤ Leia e depois me diga o que achou 😉 Bjos
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Tá bem 😉
Beijinhos 😘
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[…] Minha paixão recentemente é a cidade de Buenos Aires, que conheci melhor no livro O amor segundo Buenos Aires do autor Fernando Scheller (maiores detalhes: Resenha | O amor segundo Buenos Aires, por Fernando Scheller) […]
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[…] as minhas impressões estão no post Resenha | O amor segundo Buenos Aires, por Fernando Scheller. Vi que algumas pessoas adoraram a sugestão de leitura, e que não conheciam o livro, então fico […]
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